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Facebook retira rede de páginas e perfis do ar e atinge MBL

Folhapress

Uma rede com 196 páginas e 87 perfis no Facebook foi retirada do ar nesta quarta-feira no Brasil por, segundo a empresa, violar políticas de autenticidade da rede social. O MBL (Movimento Brasil Livre) divulgou nota afirmando que coordenadores do movimento tiveram suas contas removidas e classificou o caso como "arbitrário, irônico, mas não surpreendente".

Segundo o Facebook, a medida foi tomada após rigorosa investigação. As políticas de autenticidade do Facebook estabelecem que a rede não pode ser utilizada para disseminação de spams e notícias inverídicas nem utilizar identidades falsas.

"Essas páginas e perfis faziam parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação", afirmou a empresa por meio de nota.

O MBL afirma que muitas das contas removidas tinham dados biográficos, como endereço profissional, telefones pessoais, o que torna "absurda a acusação de que se tratavam de contas falsas".

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"Não bastasse isso, o Facebook também desativou algumas páginas de alcance nacional, as quais, somando meio milhão de seguidores, entre informar e divulgar ideias liberais e conservadoras -o que não é crime- também exerciam o importante papel de denunciar as "fake news" da grande mídia brasileira. O caso é, pois completamente arbitrário, irônico, mas não surpreendente", afirma.

De acordo com Rubens Nunes, advogado do movimento, foram removidos os perfis dos coordenadores Renan Santos e Renato Batista, além de uma página do MBL de Goiás. Ele diz que não houve nenhuma notificação e que o Facebook não apontou qual conteúdo violava as regras da rede.

"É uma ação coordenada de uma empresa brasileira que quer interferir no debate das eleições. Foi uma ação feita na surdina para calar pessoas que têm opinião política divergente da de Mark Zuckerberg", afirmou.

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Além do MBL, a página do movimento "Brasil 200", do empresário e dono da Riachuello, Flávio Rocha, também foi retirada do ar.

"É inaceitável a retirada da página do Brasil 200 do ar pelo Fecebook [sic]. Uma violência! A que pretexto? Conclamo a bancado [sic] do Brasil 200 no Congresso Nacional a tomar posição sobre essa arbitrariedade. Nem no tempo da ditadura se verificava tamanho absurdo", afirmou Rocha em rede social.

O advogado do MBL afirma que entrará com uma ação cautelar na Justiça ainda nesta quarta-feira para reativar as contas na rede social. Segundo ele, o conteúdo já vinha sendo preparado após outras páginas ligadas a grupos de direita serem removidas pelo Facebook.

Em março, uma página ligada ao movimento já havia sido removida da rede social.

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